terça-feira, 16 de setembro de 2008

VAI ALI EM CONSTANTINO...


Ao rever nossa história, no passado, nossas vidas, numa cidade que sempre recebeu os imigrantes, de braços abertos, sem causar ciúmes aos seus filhos "naturais" , os Belojardinenses de hoje e do amanhã , não poderão esquecer nem fazer que os outros que nascerão mais tarde, esqueçam o português que aqui chegou, dando-nos uma bela lição de vida, lembrando um grande escritor-filósofo, ao perpetuar esta frase: "a vida é curta demais para ser pequena".
"Seu Oliveira", no mundo, ele escolheu Belo Jardim para substituir a terra de Camões, onde ele nasceu, trazendo depois o seu irmão - sobrinho, Aqui, fez sua história, seus momentos de prazer e de glória, dando a Belo Jardim, há 50 ou 60 anos, um visual de comércio bastante do passado mais distante. Era a histórica Portuguesa.
O tempo passou,o mundo se modificou em todos os aspectos, e Constantino manteve o ideal do seu irmão-tio, o amor a Belo Jardim, até maior do que o de muitos que aqui tiveram o seu berço.
E hoje, no mesmo lugar, olhando a Praça da Conceição, no tradicional Beco da Igreja por onde, diariamente, passam centenas de pessoas, pensando na vida e procurando soluções para os impasses, problemas, ideias e outros, aproveitando e pedindo a Deus para iluminá-los no dia-a-dia; ali, permanece a encantadora loja de Constantino, este homem inteligente, ético e grandioso empreendedor, pois ampliou os seus negócios na capital do Leão do Norte e fez um apelo a São Bento para protegê-lo ainda mais e ele proteger São Bento, também.
Nunca, entretanto, abandonou este Belo Jardim, onde fez amor, recebeu amor e amizades, constituiu uma valorosa família Belojardinense, mantendo sua tradição comercial tanto portuguesa como mais "brasileira com certeza" e demonstrando suas admiráveis atitudes morais em toda sua vida; esta cidade do Bitury tem por ele, infinita consideração, imensurável respeito, e eterna gratidão, uma vez que nunca a desprezou nem a esqueceu.
Constantino Maia: Tecidos coloridos, estampados, sedosos, modernos, juntamente com inúmeros artigos de valor renovaram sua loja, enfeitando o comércio da cidade, embelezando os clientes e relembrando a histórica "Portuguesa".

Dulce Ramos (membro da Academia Belojardinense de Letras)

Um comentário:

JCordeiro disse...

Antes de qualquer coisa, comentar Dulce Ramos e seu trabalho é muito gratificante, pois ela sempre foi o ponto de referência para todos de sua família.
"Nesse seu relato Dulce, pequenos retalhos de lembranças de minha infância, ressurgiram dentro de mim". Embora distante de minha querida terra, sempre esteve presente em minha memória, as pessoas e todas as coisas boas de que Belo Jardim oferece. Parabéns.
Abraços,
José Cordeiro Silva
São Paulo, 05 de junho de 2009.
-josecordeiro1958@uol.com.br
(Filho de Teresinha e Severino)