quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

COLETÂNEA "OS 80 ANOS DE BELO JARDIM"


Belo Jardim é uma das maiores cidades da região agreste de Pernambuco.

A infra-estrutura de Apoio Turístico da cidade disponibiliza hotéis, bancos, lojas, clubes sociais, agências de viagem, lojas de artesanato, correios, cyber-café, bares e restaurantes típicos.

A cidade conta com aeroporto e é atendida por transporte rodoviário pela BR 232.

HISTÓRIA
A Fazenda Capim, onde se originou a atual cidade de Belo Jardim, em 1833 já fazia parte do Distrito de Paz de Jurema, pertencente a nova comarca do Brejo da Madre de Deus.

Aos poucos, a fazenda de propriedade de Joaquim Cordeiro Wanderlei foi abrigando novos moradores, evoluindo rapidamente para um núcleo populoso que manteve o nome de Capim. Esse nome foi mudado para Belo Jardim em 1881, por sugestão de Frei Cassiano de Camachio, quando pregava as missões naquela localidade. Progredindo a passos largos, foi elevada a categoria de vila através da lei estadual Nr. 260, de 03 de julho de 1897. O progresso de Belo jardim intensificou-se mais ainda a partir de sua nova situação administrativa e, especialmente, por encontrar-se no eixo da grande via de comunicação representada pela Estrada de Ferro Central de Pernambuco, cujos trilhos chegariam a sua área urbana em 1906, trazendo uma nova era para a localidade beneficiada, e ostracismo para os que ficaram ao largo. Pertencente ao Município do Brejo da Madre de Deus, enquanto este vivia em decadência, a vila banhada pelo Bituri progredia a olhos vistos, estabelecendo-se uma grande rivalidade e permanente disputa pelo poder, culminando com a ascensão de Belo Jardim a condição de sede do Município do Brejo da Madre de Deus e, concomitantemente, elevada a categoria de cidade graças ao dispositivo da Lei orgânica dos Municípios (Lei \par 991, de 01/07/1909). Essa nova situação de cidade sede municipal deu-se pela lei no. 1.627, de 29 de marco de 1924, permanecendo ate 1928, quando, desmembrado do município do Brejo da Madre de Deus cuja sede voltou a ser a cidade de igual nome, foi criado o novo Município de Belo Jardim pela Lei Estadual no. 1931, de 11 de setembro do mesmo ano, tendo sido instalado em 01 de janeiro de 1929.
COMO CHEGAR:

De carro - partindo de Recife pela BR-232, distante aproximadamente 184 km.

De ônibus - no Terminal Integrado de Passageiros (TIP)(81) 3452-2665 ou 3452-1819.

PRINCIPAIS ATRAÇÕES :

A cidade de Belo Jardim possui atrativos naturais convidativos, entre eles :

1 - Cachoeira Engenho Tira-Teima (com uma queda de 20metros),

2 - Corredeira da Espalhadeira (com pontos de banho),

3 - Serra dos Ventos (lugar paradisíaco),

4 -Serra do Caboclo, entre outras atrações.

Anualmente realiza a FESTA DAS MAROCAS (julho) e o JARDIM CULTURAL, no mês de setembro, um megaevento com shows de artistas regionais e nacionais, oficinas de arte, exposições, dança, etc.


EM 2008, A ACADEMIA BELOJARDINENSE DE LETRAS E ARTES PUBLICOU O LIVRO " OS 80 ANOS DE BELO JARDIM ".

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

ERRATA: Entenda-se as pessoas onde se lê "os homens"


Nutri a vida em ilusões com que sonhava,
Pensando ser o amor eternidade
E que o mesmo fazia em si milagres
Mesmo se quente e corrosiva brasa.


Mordeu-me o peito, devorou minha alma,
Roeu-me o juízo e, não muito tarde,
Soprou-me nos ouvidos a verdade:
- Ora! O que renasce é que não se acaba!


Aprendi finalmente a amar com a mente
Sem a cobiça de amar eternamente.
Minhas novas ilusões não me enganam:


Só as coisas vêem o risco iminente
De querermos o amor onde há só gente.
E milagre é saber se os homens amam.








Robervânio Luciano - membro da Academia Belojardinense de Letras .

FUI VINDO


Eu cansei de sorrir
Eu cansei de amar
Agora quero ser o que não fui
Quero ser o que sou.
Ontem, morei no céu
Hoje, moro no mar
Vou morar na terra
D'onde não pretendo sair.
Daqui, estou vendo o céu e a terra
Nada tenho que fazer
São belos sonhos magoados
Fugidos porém não se vêem.
Fui nada
Fui sonhos
Fui faltou-vida
Foi o começo e o fim.



Arnaldo Maciel

O UMBUZEIRO


Vi o umbuzeiro abatido
Na beirada da estrada
Como pedindo clemência
Pra vida mal acabada.
Disse ele ao poeta;
"Já fui verde e acolhedor"
Agora não sei por quê?
Um monstro me derrubou.
Tantos que por aqui passaram
Pela estrada empoeirada
Boiadeiros e doutores
Não tem mais sombra na estrada.
Agora sou tronco lascado
Desgalhado pelo chão
Nunca mais lhe dei flores
Nem lança frutos á mão.
Desde o tempo das boiadas
E das tropas dos feirantes
Até aos ônibus rápidos
E grã-finos viajantes.
Um umbuzeiro servia

Como sombra e sinal
Pros meninos dava frutos
E encosto ao velho casal.
A estrada está deserta
Num desacampado infeliz
O sol "batendo" no asfalto
Queimando a raiz
Quem fez uma maldade desta?
Jogar um carro pesado
Contra uma vida em festa.
Deus! Verdejante amigo
Adeus! Ó canto dos pássaros
Se ainda sonhar contigo
Será um sonho de caratês,
O vento sopra suave
A mim pareceu uma voz;
"Diga aos amigos de longe":
Saudação a todos vós.


Abel de Lima - Membro da Academia Belojardinense de Letras

Este poema é uma homenagem ao UMBUZEIRO que foi derrubado pala insanidade humana, no sítio Lagoa da Chave-BR 232 - Belo Jardim

domingo, 8 de fevereiro de 2009

ABRAÇA O BITURY


Amigo
Estando longe
Muito longe
De minha terra
De meus amigos
De minha família
De minha gente
Só te peço uma coisa:
Abraça o Bitury por mim!
Porque
Abraçando o Bitury
Estarás abraçando
Minha terra
Meus amigos
Minha família
Minha gente
Abraçando o Bitury
Estarás abraçando também
O doce requebrar
Das mocinhas faceiras
De minha terra natal
Amigo
Não imaginas
O quanto é triste
Vagar noite após noite
Na escuridão
Da cidade grande.
É por isso que
Na extrema agonia
Dos meus passos lassos
Lembro-te mais uma vez:
Abraça o Bitury por mim!



Bartolomeu Marinho - membro da Academia Belojardinense de Letras