segunda-feira, 31 de agosto de 2009

L A M P I Ã O


No sertão de Padim Ciço

E também de Lampião

Tinha tiro, tinha reza

Alma em recomendação

Fatos reais dando temas

Para qualquer ficção.


Nas terras de Pernambuco

Chegou ao mundo Virgulino

Que se tornou cangaceiro

Nos enredos do destino

Porém foi no Pajeú

O mais contente menino


Já existia o cangaço

Desde a colonização

Eram cangaceiros mansos

A serviço do patrão

Depois foram bandoleiros

Do jeito de Lampião


Ele junto com os irmãos

Depois da morte dos pais

Formou seu primeiro grupo

Com outros rapazes mais

Atacando gente e bichos

Nas casas e até currais


Durante dezoito anos

No Nordeste ele atuou

O seu nome "Lampião"

Por ele se comprovou

O fogo do bacamarte

No escuro iluminou


Perseguido pela polícia

E redes de traição

Deram cabo do bandido

Que não mostrou rendição

Ele e sua companheira

Tombaram mortos no chão


Lampião é retratado

Em vasta literatura

Música, filme e artesanato

Gênio, vingança e bravura

Bandido e também herói

Destacados na gravura



RONALDO- poeta, cordelista, escritor belojardinense.

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