Quatro velas falavam sobre a mesa,
E falavam da vida e tudo mais.
A primeira falou: - Eu sou a paz,
Mas o mundo não quer me ver acessa.
A segunda, com suspiros desiguais,
Disse triste: - É a fé a minha empresa,
Nem de Deus se respeita a realeza
Sou supérfula, meu fogo se desfaz.
A terceira murmura já sem cor:
- Estou triste também sou o amor,
Mas perdi o fulgor como vocês.
Foi a vez da Esperança, a quarta vela:
Não desisti ninguém, a vida é bela,
E acendeu novamente as outras três.
Colaboração de DEDÉ MONTEIRO
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