Entidade privada, sem fins lucrativos, com sede à Rua Siqueira Campos s/n Belo Jardim Pernambuco, tem como finalidade o fomento às artes e à língua nacional.
João Cabral de Melo Neto nasceu na cidade de Recife - PE, no dia 09 de janeiro de 1920, na rua da Jaqueira (depois Leonardo Cavalcanti), segundo filho de Luiz Antônio Cabral de Melo e de Carmem Carneiro-Leão Cabral de Melo. Primo, pelo lado paterno, de Manuel Bandeira e, pelo lado materno, de Gilberto Freyre. Passa a infância em engenhos de açúcar. Primeiro no Poço do Aleixo, em São Lourenço da Mata, e depois nos engenhos Pacoval e Dois Irmãos, no município de Moreno.
Era atormentado por uma dor de cabeça que não o deixava de forma alguma. Ao saber, anos atrás, que sofria de uma doença degenerativa incurável, que faria sua visão desaparecer aos poucos, o poeta anunciou que ia parar de escrever. Já em 1990, com a finalidade de ajudá-lo a vencer os males físicos e a depressão, Marly, sua segunda esposa, passa a escrever alguns textos tidos como de autoria do biografado. Conforme declarações de amigos, escreveu o discurso de agradecimento feito pelo autor ao receber o Prêmio Luis de Camões, considerado o mais importante prêmio concedido a escritores da língua portuguesa, entre outros. Foi a forma encontrada para tentar tirá-lo do estado depressivo em que se encontrava. Como não admirava a música, o autor foi perdendo também a vontade de falar ("Não tenho muito o que dizer", argumentava). Era, sem dúvida, o nosso mais forte concorrente ao prêmio Nobel, com diversas indicações dos mais variados segmentos de nossa sociedade.
"...E não há melhor resposta que o espetáculo da vida: vê-la desfiar seu fio, que também se chama vida, ver a fábrica que ela mesma, teimosamente, se fabrica, vê-la brotar como há pouco em nova vida explodida; mesmo quando é assim pequena a explosão, como a ocorrida; mesmo quando é uma explosão como a de há pouco, franzina; mesmo quando é a explosão de uma vida severina."
O Folheto Notas Literárias premiará os vencedores do XVIII Concurso Nacional de Poesias - 2011. Prêmio: Rosália Sandoval. Na seguinte ordem de classificação :
1° Lugar: R$:500,00 (quinhentos reais ), diploma, troféu Rosália Sandoval, um livro de um poeta alagoano e um cd de um compositor alagoano.
2° Lugar: Diploma, troféu Rosália Sandoval, um livro de um poeta alagoano e um cd de um compósito alagoano.
3° Lugar: Diploma e um troféu Rosália Sandoval.
Serão atribuídos, a critério da Comissão Julgadora, até seis medalhas Rosália Sandoval - Menções Honrosas.
Tema: Os temas abordados serão de livre escolha dos poetas.
Inscrição: A inscrição será efetuada com o recebimento de até 03 (três ) poesias, na aceitação, pelo concorrente, das disposições regulamentares. Inscrição: 01 de janeiro de 2011 até 30 de setembro de 2011.
MAIS INFORMAÇÕES: Ari Lins Pedrosa Telefone: (82) 8859-4216 E-mails: ari.pedrosa@ceal.com.br ou ari.lins@bol.com.br
É a palavra variável que denomina qualidades, sentimentos, sensações, ações, estados e seres em geral. Quanto a sua formação, o substantivo pode ser primitivo (jornal) ou derivado (jornalista), simples (alface) ou composto (guarda-chuva).
Já quanto a sua classificação, ele pode ser comum (cidade) ou próprio (Curitiba), concreto (mesa) ou abstrato (felicidade). Os substantivos concretos designam seres de existência real ou que a imaginação apresenta como tal: alma, fada, santo. Já os substantivos abstratos designam qualidade, sentimento, ação e estado dos seres: beleza, cegueira, dor, fuga. Os substantivos próprios são sempre concretos e devem ser grafados com iniciais maiúsculas.
Certos substantivos próprios podem tornar-se comuns, pelo processo de derivação imprópria (um judas = traidor / um panamá = chapéu). Os substantivos abstratos têm existência independente e podem ser reais ou não, materiais ou não. Quando esses substantivos abstratos são de qualidade tornam-se concretos no plural (riqueza X riquezas).
Muitos substantivos podem ser variavelmente abstratos ou concretos, conforme o sentido em que se empregam (a redação das leis requer clareza / na redação do aluno, assinalei vários erros). Já no tocante ao gênero (masculino X feminino) os substantivos podem ser: •biformes: quando apresentam uma forma para o masculino e outra para o feminino. (rato, rata ou conde X condessa). •uniformes: quando apresentam uma única forma para ambos os gêneros. Nesse caso, eles estão divididos em: •epicenos: usados para animais de ambos os sexos (macho e fêmea) - albatroz, badejo, besouro, codorniz; •comum de dois gêneros: aqueles que designam pessoas, fazendo a distinção dos sexos por palavras determinantes - aborígine, camarada, herege, manequim, mártir, médium, silvícola; •sobrecomuns - apresentam um só gênero gramatical para designar pessoas de ambos os sexos - algoz, apóstolo, cônjuge, guia, testemunha, verdugo;
Alguns substantivos, quando mudam de gênero, mudam de sentido. (o cisma X a cisma / o corneta X a corneta / o crisma X a crisma / o cura X a cura / o guia X a guia / o lente X a lente / o língua X a língua / o moral X a moral / o maria-fumaça X a maria-fumaça / o voga X a voga). Os nomes terminados em -ão fazem feminino em -ã, -oa ou -ona (alemã, leoa, valentona). Os nomes terminados em -e mudam-no para -a, entretanto a maioria é invariável (monge X monja, infante X infanta, mas o/a dirigente, o/a estudante). Quanto ao número (singular X plural), os substantivos simples formam o plural em função do final da palavra. •vogal ou ditongo (exceto -ÃO): acréscimo de -S (porta X portas, troféu X troféus); •ditongo -ÃO: -ÕES / -ÃES / -ÃOS, variando em cada palavra (pagãos, cidadãos, cortesãos, escrivães, sacristães, capitães, capelães, tabeliães, deães, faisães, guardiães).
Os substantivos paroxítonos terminados em -ão fazem plural em -ãos (bênçãos, órfãos, gólfãos). Alguns gramáticos registram artesão (artífice) - artesãos e artesão (adorno arquitetônico) - artesões. •-EM, -IM, -OM, -UM: acréscimo de -NS (jardim X jardins); •-R ou -Z: -ES (mar X mares, raiz X raízes); •-S: substantivos oxítonos acréscimo de -ES (país X países). Os não-oxítonos terminados em -S são invariáveis, marcando o número pelo artigo (os atlas, os lápis, os ônibus), cais, cós e xis são invariáveis; •-N: -S ou -ES, sendo a última menos comum (hífen X hifens ou hífenes), cânon > cânones; •-X: invariável, usando o artigo para o plural (tórax X os tórax); •-AL, EL, OL, UL: troca-se -L por -IS (animal X animais, barril X barris). Exceto mal por males, cônsul por cônsules, real (moeda) por réis, mel por méis ou meles; •IL: se oxítono, trocar -L por -S. Se não oxítonos, trocar -IL por -EIS. (til X tis, míssil X mísseis). Observação: réptil / reptil por répteis / reptis, projétil / projetil por projéteis / projetis; •sufixo diminutivo -ZINHO(A) / -ZITO(A): colocar a palavra primitiva no plural, retirar o -S e acrescentar o sufixo diminutivo (caezitos, coroneizinhos, mulherezinhas). Observação: palavras com esses sufixos não recebem acento gráfico. •metafonia: -o tônico fechado no singular muda para o timbre aberto no plural, também variando em função da palavra. (ovo X ovos, mas bolo X bolos). Observação: avôs (avô paterno + avô materno), avós (avó + avó ou avô + avó).
Os substantivos podem apresentar diferentes graus, porém grau não é uma flexão nominal. São três graus: normal, aumentativo e diminutivo e podem ser formados através de dois processos: •analítico: associando os adjetivos (grande ou pequeno, ou similar) ao substantivo; •sintético: anexando-se ao substantivo sufixos indicadores de grau (meninão X menininho). Certos substantivos, apesar da forma, não expressam a noção aumentativa ou diminutiva. (cartão, cartilha). •alguns sufixos aumentativo: -ázio, -orra, -ola, -az, -ão, -eirão, -alhão, -arão, -arrão, -zarrão; •alguns sufixos diminutivo: -ito, -ulo-, -culo, -ote, -ola, -im, -elho, -inho, -zinho (o sufixo -zinho é obrigatório quando o substantivo terminar em vogal tônica ou ditongo: cafezinho, paizinho);
O aumentativo pode exprimir desprezo (sabichão, ministraço, poetastro) ou intimidade (amigão); enquanto o diminutivo pode indicar carinho (filhinho) ou ter valor pejorativo (livreco, casebre). Algumas curiosidades sobre os substantivos: Palavras masculinas: •ágape (refeição dos primitivos cristãos); •anátema (excomungação); •axioma (premissa verdadeira); •caudal (cachoeira); •carcinoma (tumor maligno); •champanha, clã, clarinete, contralto, coma, diabete/diabetes (FeM classificam como gênero vacilante); •diadema, estratagema, fibroma (tumor benigno); •herpes, hosana (hino); •jângal (floresta da Índia); •lhama, praça (soldado raso); •praça (soldado raso); •proclama, sabiá, soprano (FeM classificam como gênero vacilante); •suéter, tapa (FeM classificam como gênero vacilante); •teiró (parte de arma de fogo ou arado); •telefonema, trema, vau (trecho raso do rio).
Palavras femininas: •abusão (engano); •alcíone (ave doa antigos); •aluvião, araquã (ave); •áspide (reptil peçonhento); •baitaca (ave); •cataplasma, cal, clâmide (manto grego); •cólera (doença); •derme, dinamite, entorce, fácies (aspecto); •filoxera (inseto e doença); •gênese, guriatã (ave); •hélice (FeM classificam como gênero vacilante); •jaçanã (ave); •juriti (tipo de aves); •libido, mascote, omoplata, rês, suçuarana (felino); •sucuri, tíbia, trama, ubá (canoa); •usucapião (FeM classificam como gênero vacilante); •xerox (cópia).
Gênero vacilante: •acauã (falcão); •inambu (ave); •laringe, personagem (Ceg. fala que é usada indistintamente nos dois gêneros, mas que há preferência de autores pelo masculino); •víspora.
Os substantivos compostos formam o plural da seguinte maneira: •sem hífen formam o plural como os simples (pontapé/pontapés); •caso não haja caso específico, verifica-se a variabilidade das palavras que compõem o substantivo para pluralizá-los. São palavras variáveis: substantivo, adjetivo, numeral, pronomes, particípio. São palavras invariáveis: verbo, preposição, advérbio, prefixo; •em elementos repetidos, muito parecidos ou onomatopaicos, só o segundo vai para o plural (tico-ticos, tique-taques, corre-corres, pingue-pongues); •com elementos ligados por preposição, apenas o primeiro se flexiona (pés-de-moleque); •são invariáveis os elementos grão, grã e bel (grão-duques, grã-cruzes, bel-prazeres); •só variará o primeiro elemento nos compostos formados por dois substantivos, onde o segundo limita o primeiro elemento, indicando tipo, semelhança ou finalidade deste (sambas-enredo, bananas-maçã) •nenhum dos elementos vai para o plural se formado por verbos de sentidos opostos e frases substantivas (os leva-e-traz, os bota-fora, os pisa-mansinho, os bota-abaixo, os louva-a-Deus, os ganha-pouco, os diz-que-me-diz); •compostos cujo segundo elemento já está no plural não variam (os troca-tintas, os salta-pocinhas, os espirra-canivetes); •palavra guarda, se fizer referência a pessoa varia por ser substantivo. Caso represente o verbo guardar, não pode variar (guardas-noturnos, guarda-chuvas).