segunda-feira, 19 de abril de 2010

DILÚVIO


É noite enluarada, o céu está prateado,
E a minha pena sempre vigilante
Logo se inquieta, e as palavras bordando
O branco do papel, dão-lhe cor vibrante.

A pena segue como um rio, serpeante...
Em cada traço vejo seu corpo ondulado.
Percorro seus montes, aclives excitantes...
Perco-me na sua geografia, fico aloucado.

Nessa indigestão mental de sentimentos
Ardendo de desejos e loucos delírios,
Divido com a lua e a poesia, os lamentos!

E sob a luz do luar, e das rosas, o eflúvio
Derramei os meus versos, portentos?
Não sei! Sei que vieram como um dilúvio!

 


Diná Fernandes - João Pessoa-PB

Um comentário:

Unknown disse...
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